SOUTHERN EXTREMISM - POSTMORTEM

quinta-feira, 20 de setembro de 2012


Finalmente, temos a estréia da nova sessão do blog: Southern Extremism! Aqui, vamos realizar entrevistas e divulgar o material de bandas que vem batalhando no underground gaúcho. E, obviamente, não poderíamos ter escolhido um dia melhor para a estréia: dia 20 de setembro, um marco em nossa história de bravura e coragem. Tenho orgulho de trazer até vocês, nessa primeira edição, a banda POSTMORTEM, de Pelotas.
A Postmortem foi formada em 2003, e após algumas mudanças de formação, hoje em dia conta com Bruno Añaña (vocal/guitarra), Mou Machado (guitarra), Juliano Pacheco (baixo) e Douglas Veiga (bateria). Inicialmente formada para tocar covers de bandas de Death e Thrash Metal, logo a banda partiu para um set composto de músicas próprias, produzindo um Death Metal brutal e técnico com influências de Morbid Angel, Nile, Deicide, dentre outros. A banda lançou uma demo em 2007, intitulada "Out Of Tomb", mas já está trabalhando em um próximo EP e um álbum full-length. Inclusive, a banda liberou com exclusividade uma das músicas que estará presente nesse EP para ser publicado com essa entrevista.

A seguir, você pode conferir a entrevista completa com a banda, que conta como foi abrir para o Dark Funeral, planos para o primeiro álbum, participação no Under Metal Festival em novembro e vários outros assuntos. A faixa inédita da banda encontra-se ao final da entrevista.


All That Metal: Inicialmente eu gostaria que vocês comentassem brevemente o histórico da banda.
Bruno Añaña: Creio que a Postmortem começou quando eu e o Daniel, recém chegados em Pelotas, estávamos sedentos por uma banda de Thrash/Death Metal. Por indicação de um amigo do Douglas, que achei no MIRC, conheci este cabeludo. O Willian Knuth, amigo do Daniel de Bagé que estava morando em Pelotas, se ofereceu pra vocal. Fez-se então a primeira formação da banda, que começou com nome de War God, mas no primeiro show já virou Postmortem. Começamos tocando covers de Morbid Angel, Deicide, Cannibal Corpse, Metallica, Pantera e afins.
Douglas Veiga: E na verdade, pouco antes de eu conhecer o Daniel e o Bruno, eu já tinha espalhado cartazes na cidade procurando integrantes pra uma banda de death metal com influências de Morbid Angel e Behemoth.
Juliano Pacheco: Teve Arch Enemy e Destruction também.
Bruno: Desde o início o Juliano já se fazia presente nos ensaios e shows. E gradualmente fomos migrando para um set 100% autoral. Creio que o início se resume nisso daí, mais ou menos.

ATM: Postmortem foi exclusivamente por causa da música do Slayer ou teve outro motivo?
Bruno: Da minha parte porque soa legal e é do Slayer!
Douglas: Eu e o Daniel sugerimos o nome quase ao mesmo tempo.

ATM: Como foi que ocorreram essas mudanças de formação que resultaram na chegada do Juliano e do Mou?
Douglas: A primeira mudança na banda foi a saída do Daniel que queria se focar nos estudos. Daí entrou o Matheus Heres que ficou muito tempo na banda. Logo após foi o Willian que se mudou pra outra cidade. Com a saída do Willian, Bruno assumiu também os vocais e sentimos a necessidade de outra guitarra. Até antes já era necessário. Fizemos muitos shows com essa formação, gravamos a demo também. Tocamos em vários shows aqui, na região da Grande Porto Alegre e em Criciúma/SC com essa formação. Após algum tempo, o Matheus não estava acompanhando a evolução da banda e resolvemos chamar o Juliano, que sempre foi amigo da banda.

 Beneath The Sands Of Time


ATM: Ano passado vocês abriram para o Dark Funeral, no festival Garganta do Diabo. Como foi a experiência?
Douglas: Puxa, pra mim foi legal a divulgação que a banda teve e o show em si foi bem legal, mas ocorreram algumas complicações de última hora com a ordem das bandas e atrasos por parte do Dark Funeral, que perdeu o vôo pra Porto Alegre.

ATM: Vocês acreditam que com esse show conseguiram mostrar o som da Postmortem para mais pessoas que ainda não conheciam a banda?
Bruno: Certamente! Até porque foi nosso primeiro show em Santa Maria.
Douglas: Acredito que sim, nós não tínhamos tocado em Santa Maria e nem divido o palco com as bandas que participaram do evento.
Bruno: Uma pena que em função dos contratempos, o público foi menor do que deveria, mas foi uma boa experiência ainda assim.

ATM: Atualmente vocês estão finalizando um EP, o que podem adiantar dele?
Bruno: Podemos adiantar que está bem pesado! A produção ficou excelente, regravamos uma música do Out Of Tomb (lançado em 2007) e a diferença está brutal.

ATM: Suponho que deve ser uma grande evolução em comparação ao Out Of Tomb, certo?
Bruno: Exato! Serão 3 músicas. Lançaremos em breve, faltando apenas a arte do EP.

ATM: Ele já tem um título?
Bruno: Ainda está em discussão.

ATM: Quanto ao processo de composição, como funciona?
Bruno: O nosso letrista mor é o Douglas, que tem costume de escrever letras nas horas vagas. Apesar de que eu já quebrei esse monopólio e 2 músicas já tem letras minhas e parte de riffs e afins varia muito, geralmente um escreve alguma coisa, grava e manda pra todo mundo. Algum outro já tem uma inspiração e dá continuidade e quando vê, já temos um som pronto.
Douglas: Antes a gente compunha nos ensaios mesmo.

ATM: Então, no geral, é algo bem democrático com a participação de todos.
Bruno: Exato!
Douglas: Com certeza, até riff meu tem! (risos)

ATM: E que assunto vocês procuram abordar nas letras?
Douglas: O assunto geralmente é a morte como uma metáfora pra algum outro assunto, geralmente o modo como a religião formata o ser humano. Em outras letras, o foco é a luta pessoal no ponto de vista do narrador que quer se desvencilhar dessas amarras. Mas acho que guerras, anti-religião e paranormalidade são assuntos recorrentes. A única música com letra que não é minha ou do Bruno é a "Corpse Decapitation", escrita pelo willian. Foi a primeira composição da banda.


"Deny The Cross"

ATM: Vocês já estão batalhando no underground há alguns anos, então imagino que já devem ter presenciado situações comuns para muitas bandas. Refiro-me a produtores que prejudicam as bandas e outros tipos de amadorismos que infelizmente ainda existem na cena. A banda já passou por situações adversas como essas?
Bruno: Claro! Nove anos de banda e já passamos por alguns perrengues mas nunca desanimamos.

ATM: Algum em específico que serviu de lição para todo mundo?
Bruno: Tocar com aparelhagem da pior qualidade possível e afins, só agregou positivamente pra nós como profissionais e músicos. Ah, aquela máxima "quando a esmola é demais o santo desconfia", é bem válida! (risos)
Douglas: Acho também que as vezes a culpa não é dos produtores do evento, mas sim a qualidade dos técnicos responsáveis pelo aluguel do equipamento, as vezes muito ruim também.
Bruno: Temos nosso festival anual e tentamos ao máximo possível não levar estes erros adiantes.

ATM: Esse festival é vocês mesmo que organizam?
Douglas: Sim! Desde 2007.
Bruno: Isto! Organização com as bandas, bar, som. É o Sounds From The Grave, em Pelotas. Ideia do Douglas, surgiu meio em função do "Out Of Tomb", que teve o lançamento junto com o primeiro Sounds.
Douglas: Exato, o nome do festival remete ao lançando da demo. Outra coisa que a gente acha importante é a integração entre as bandas, sempre tentamos trazer bandas de fora.
Bruno: Assim como tentamos sempre colocar algo novo da região

ATM: Essa questão de integração entre as bandas é algo interessante mesmo, aqui no RS isso é bem forte.
Douglas: Sim! O evento de sábado passado foi organizado só por bandas daqui e foi um sucesso.
Bruno: Boa! Festival no cassino, 3 bandas de Pelotas e uma de Rio Grande. Toda aparelhagem de som das bandas.

ATM: Bacana mesmo! Esse tipo de iniciativa que deveria existir mais no underground.
Bruno: Vero!

ATM: Próxima grande apresentação da banda vai rolar em novembro no UMF. Vocês já tem informações a respeito de quanto tempo a banda vai ter pra tocar e como pretendem aproveitar esse tempo?
Douglas: Estamos no aguardo dessas informações, mas acredito que vão ser 50 minutos pra cada banda. Pra aproveitar esse tempo? Vamos tocar o terror!
Bruno: Estamos no aguardo de infos concretas. Sei que vai sair uma caravana do diabo aqui de Pelotas
e na saída do UMF... SLAYEEEEEEEEER!!!

ATM: Enfim, pessoal... acho que por enquanto é isso. Valeu pela entrevista e deixo esse espaço para vocês deixarem algum recado...
Douglas: Eu quero agradecer o espaço e pedir que a os leitores confiram nossos sites.
Bruno: Em breve sai nosso EP, e daqui a alguns meses nosso álbum full também. UMF Postmortem se fará presente!

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Above All Lies: faixa até então inédita que estará presente no próximo EP da banda

Postmortem - Above All Lies by Tiago Alano 1

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