Rosa Tattooada: detalhes do show de 25 anos no Opinião

quinta-feira, 17 de outubro de 2013


Uma das maiores bandas de Rock'n'Roll do país estará celebrando seus 25 anos de carreira no próximo domingo, 20 de outubro, o Rosa Tattooada. Nada mais justo do que fazer a festa com os fãs no Bar Opinião, apresentando um repertório composto de 25 faixas de todas as épocas da banda e presença de convidados especiais. Como se não bastasse, a banda ainda está lançando seu novo disco de estúdio, batizado como "XXV", mais uma referência ao 1/4 de século completado pelo grupo de Jacques Maciel (vocal/guitarra), Valdi Dalla Rosa (baixo/vocal) e Dalis Trugillo (bateria).

O Rosa Tattooada é uma banda que já nasceu predestinada a fazer história no rock nacional, dando início as suas atividades ao abrir shows do grupo Os Cascavelletes, em 1988, outra lenda de nossa cena. Ao longo dos anos, a banda passou por várias mudanças: troca de integrantes, mudança de gravadora, etc. Mas a qualidade de sua música manteve-se e o Rosa Tattooada firmou-se entre os grandes nomes brasileiros com sua longevidade e dedicação ao Rock'n'Roll.

O trabalho mais recente mostra o bom e velho Rosa Tattooada em plena forma, agradando sua legião de fãs devotos. Desde a primeira nota de guitarra de "Rezar Não Vai Te Livrar Do Fim" até o final com a já clássica "Rock And Roll Até Morrer" você escuta um trabalho de qualidade primorosa, a mais pura essência do que o gênero sempre foi. É isso mesmo, o Rosa Tattooada continua sendo uma banda relevante após 25 anos de carreira, coisa que poucos alcançam.

Confira os detalhes do show no Opinião:

Show: Rosa Tattooada - 25 Anos
Abertura: Diablo Fuck Show
Data: 20 de Outubro, domingo
Horário: 20hs
Local: Bar Opinião
Apoio: Estudio Gorila
Promoção: Ipanema FM

Ingressos:
Antecipados - R$ 25

Pontos de venda:
- A Place - Rua Voluntários da Pátria, 294/Loja 150
- Zeppelin - Rua Marechal Floriano, 185/Loja 209
- Heaven & Hell - Rua General Vitorino, 140/Loja 201
- Good Music - Rua Coronel Vicente, 397

Na hora - R$ 35,

Produção: Good Music Produtora
51 - 32 12 16 33

Confira também "XXV" na íntegra, disponibilizado pela banda no You Tube:


Dark City dia 19 de outubro em Pelotas

quarta-feira, 16 de outubro de 2013


Dark City Cyber Edition 4, a maior festa dark da região, é sábado dia 19 às 23h no Wong Bar (Álvaro Chaves esq. Benjamin Constant) em Pelotas. No palco, a banda Euphorbia, de Porto Alegre e os DJ’s Vampy, Tenebrum e Paulo Momento. A banda portoalegrense Spleenful estará fazendo o pré-lançamento do EP “Bittersweet” e a estreia de sua exclusiva marca de absinto, o Spleenful Absinthe, produzido em parceria com a marca Berço de Fada. No bar, promoção de cerveja e o famoso “Alimento” (a bebida oficial da Dark City) em quantidade limitadíssima! Ingressos no local a R$ 10,00 até a 1h. 

CLIQUE AQUI para todas as informações sobre o evento.

Segundo o idealizador do evento, o DJ Paulo Momento: "A Dark City teve suas primeiras edições em 2002, quando a cena gótica era mais forte em Pelotas. Não havia então nenhum evento voltado ao estilo na região, apenas na Capital. A festa foi moldando sua identidade ao longo dos anos, vindo a focar mais no trabalho dos dj's (visto que a cena para bandas sempre foi forte) e incorporando novas tendências e estilos musicais, a exemplo do que vinha ocorrendo mundialmente. Parcerias com outros eventos gaúchos na mesma linha foram surgindo, assim como um intercâmbio de dj's, o que veio a criar uma cena e incentivar o surgimento de uma cena local, com novos dj's e um público cativo. O selo "Cyber Edition" quer dizer que o evento é totalmente voltado ao Dark Electro, EBM e Industrial, visto que as edições "normais" da festa também englobam o Gothic Rock, Gothic Metal, Metal Industrial, Synth Pop, Darkwave, Post Punk e outros estilos, sem nunca fugir da temática Dark/Gótica."

Paulo Momento
Ele ainda completa sobre a importância do evento para a cena local: "Como a cena em Pelotas é pequena, o público da Dark City é praticamente o mesmo dos eventos de Metal e outros eventos Underground em geral. Não temos um público tão específico como em grandes centros se pode ver. Mas isto não fez com que nos moldássemos ao gosto da maioria, pelo contrário, procuramos insistir e investir naquilo que curtimos e acreditamos, e essa sinceridade acabou fazendo com que muitos viessem a gostar, ou pelo menos aceitar os estilos com os quais trabalhamos. Com isso sempre há bandas e dj's de fora da cidade querendo participar da Dark City, e convidando nossos dj's para tocar em outros eventos também. Nas últimas edições, sempre tem vindo excursões de outras cidades. O evento vem ganhando cada vez mais prestígio fora de Pelotas."


Vampy

Tenebrum

Sobre o Euphorbia, Paulo comenta: "O projeto Euphorbia já tocou uma vez na Dark City, na edição comemorativa de dez anos, que foi uma das melhores. Devido à grande aceitação por parte do público e interesse da banda em voltar, estamos trazendo-os mais uma vez para botar a casa abaixo."

A banda Spleenful está prestes a lançar seu EP de estreia, batizado como "Bittersweet", e escolheu o evento como ponto de partida para apresentar sua música ao mundo. O grupo recentemente conseguiu destaque não apenas na mídia nacional, como também em sites internacionais, como no Metal Underground, site americano de 30 mil leitores, onde o nome Spleenful desbancou o Motörhead nos hot topics do site. Além do mais, o grupo ainda recebeu uma série de elogios de Lindsay Schoolcraft, tecladista/backing vocal do Cradle Of Filth.  "A parceria com a banda Spleenful foi providencial! Se engajaram de uma tal maneira que parece que a festa é deles. E na verdade, não deixa de ser. Por uma proximidade de estilos e uma identificação da banda com a proposta da Dark City, foi natural a vontade de lançarem o seu EP, no qual tão avidamente vêm trabalhando, neste evento. De quebra já trazem na bagagem o exclusivo Spleenful Absinthe, marca de absinto da banda, o qual não vejo a hora de experimentar!" - nas palavras de Paulo.

O grupo disponibilizou no último dia 30 de setembro o primeiro single extraído do EP, com a faixa "Absinthe Love Affairs". Nas palavras do vocalista Tiago Alano: "durante o processo de gravação do EP, começamos a pensar que algumas bandas possuem marcas de cerveja, ou vinho, ou mesmo whisky... então por que não criarmos nossa própria marca de absinto?!" - e assim foi feito através de uma parceria criada com Marcio Luiz Gerhardt, produtor de absintos artesanais na cidade de Sapiranga, vendidos sob o nome Berço de Fada. Foi assim que surgiu o Berço de Fada - Spleenful Absinthe. 



O vocalista ainda completa comentando: "não poderíamos achar um lugar um melhor para fazer mostrar nossa música pela primeira vez. Tenho grandes amigos que estarão presentes e para mim é um grande orgulho apresentar as canções que trabalhamos duro para criar, fora o fato de que ainda será no dia do meu aniversário. Melhor impossível! Obviamente, sou totalmente suspeito para falar sobre isso, mas acredito que o Spleenful é uma banda bem diferente, tanto musicalmente quanto na parte lírica. As músicas alternam entre momentos realmente pesados e outros mais sombrios, tem elementos de Gothic, Black, Prog... para dar vida a essa sonoridade macabra surgiram as letras que são baseadas na literatura do século XIX. Ou seja, se vocês fazem questão de dar um rótulo a nossa banda chamem de 'Ultra-Romantic Metal', 'Byronic Metal' ou qualquer coisa que remete a esse período histórico (risos)."

Você pode conferir o lyric video de "Absinthe Love Affairs" logo abaixo. E que venha a Dark City!


Entrevista: ANEUROSE (Wallace Almeida)

segunda-feira, 14 de outubro de 2013


por Caio Botrel

O músico e compositor Wallace Almeida, vocalista da banda Aneurose, nos conta nesta entrevista grandes histórias desde o começo da banda até os dias de hoje quando lançaram o mais novo CD, chamado "From Hell". A banda está trilhando caminhos bem recompensadores e estão ganhando cada vez mais espaço no Brasil e fora do país. Wallace nos conta também algumas histórias engraçadas da banda e dá algumas dicas para os músicos que querem tocar em uma banda profissional.

ALL THAT METAL: Como e quando surgiu o Aneurose?
WALLACE ALMEIDA:
A banda surgiu em meados de 2002, havia me mudado recentemente para Lavras e estava tentando montar uma banda. O Deus do rock ajudou, neste dia encontrei com Sávio, e dois amigos dele. Eram uma banda em busca de um vocalista, fizemos o primeiro ensaio uma semana depois e foi animal!

ATM: A banda existe há 11 anos, neste período, como foi o caminho trilhado pela banda até chegarem no mais novo CD intitulado ''From Hell''?
ALMEIDA:
São onze anos de muito rock, suor, aprendizado e investimento. Tivemos algumas experiências gravando fitas e CD demo. Nosso foco era fazer shows, detonar em cima do palco e até hoje uma das nossas características principais é essa energia. Tivemos uma pausa de 2 ou 3 anos e voltamos em 2011, refizemos todo o repertório, trabalhamos nas músicas antigas e fizemos novas com o propósito de gravar nosso primeiro disco, queríamos algo que soasse “gringo”.

ATM: A produção do novo álbum ficou a cargo de Gustavo Monsanto, como foi a experiência de trabalhar com um músico e produtor renomado?
ALMEIDA:
O Gus é um cara fantástico. Apesar de toda capacidade artística ele é uma pessoa simples, que não tem frescura. A parceria deu certo logo de cara, quando nos reunimos para viabilizar o negócio, daí em diante foi muito trabalho e suor. Passamos a semana de carnaval inteira no Rio de Janeiro gravando com ele e com Marcelo Oliveira, nosso outro produtor que também deu um show de conhecimento, esses caras tem o dom pra coisa.

ATM: Como é feito o processo de composição do Aneurose?
ALMEIDA:
Geralmente algum integrante tem uma ideia leva pro nosso estúdio e lá a gente trabalha todo mundo junto, depois disso faço uma letra e fazemos o encaixe. Nossa preocupação maior é agradar aos nossos ouvidos, precisamos curtir o que tocamos, assim sem dúvida iremos agradar aos fans.

ATM: Esse ano (2013) a Aneurose tocou no palco principal de um dos maiores festivais de Heavy Metal nacional, o ''Roça N' Roll'', como foi essa experiência e o que isto ajudou na carreira da banda?
ALMEIDA:
Cara, o Roça é simplesmente demais! É uma dimensão alternativa. O ar, a água, o goró, tudo lá é especial. Subir naquele palco pra mostrar nosso trabalho foi animalesco! Nos divertimos, a galera girou, bateu cabeça e fez um mosh destruidor! Qualquer banda que toque no Roça passa a ser encarada como destaque na cena pelas pessoas. Com a gente não foi diferente, ganhamos bastante visibilidade.

ATM: Quais são os próximos planos para a banda, e o que os fãs podem esperar do Aneurose?
ALMEIDA:
Estamos lançando esse ano nosso disco e esse é nosso foco. Estamos trabalhando, negociando com algumas gravadoras e analisando o que é melhor. A galera pode confiar! O trabalho vem sendo feito com dedicação, seja os shows, o disco ou cada ensaio. Podem esperar uma Aneurose vibrante! É proibido ficar parado enquanto estamos no palco.

ATM: Para as pessoas que ainda não conhecem o som Aneurose, qual música você recomendaria para começarem a conhecer a banda?
ALMEIDA:
Recomendo o clipe do primeiro single lançado do disco “From Hell” a faixa "Hunting Knife".



ATM: Vocês lançaram um clipe da música ''Hunting Knife'' como se deu a escolha por esta música e como foi gravar o clipe?
ALMEIDA:
Escolhemos essa música por achar que ela tem a cara da inovação na banda. Ele está impregnada de nossas influências, mistura a antiga com a nova Aneurose.

ATM: Você poderia nos contar uma história engraçada de turnê/shows?
ALMEIDA:
Cara, depois de um show que fizemos em BH nós saímos pra tomar umas e nos divertir mais um pouco. Um de nossos guitarristas estava muito louco, teve uma vontade súbita de ficar pelado! Ele queria descer da van nu! Entrar nos bares e tal. Para nossa sorte, haviam algumas namoradas da galera que estavam lá fora, e o cara resolveu respeitar. Mas a situação foi hilária!  Ele estava sem calças dentro do van, pronto pra sair correndo entre as mesas. Nunca ri tanto na vida.

ATM: Qual dica você daria para os músicos que querem ter uma banda e querem ganhar espaço na cena metal?
ALMEIDA:
Leve a sério seu trabalho, dedique-se às suas composições, trabalhe duro, faça shows, grave um disco com qualidade e valorize-se! Quero agradecer a todos os fans e a galera que nos apoia, nossos amigos e nossas famílias! Estamos trabalhando duro com o objetivo de levar o melhor da Aneurose a cada lugar! Seja em um show, ouvindo nosso disco ou num vídeo de YouTube, saibam que dedicamos cada gota do nosso suor a vocês!


Reploid recomenda: Solution .45 - For Aeons Past (2010)


por Adriano Pasini

Ninguém questiona a extrema qualidade e assertividade do Metal sueco. Porém, grandes bandas ainda não são conhecidas por muitos fãs da cena mundial. Dentre elas um ótimo exemplo é o Solution .45, que diversifica sua sonoridade em um Death Metal Melódico com temáticas apocalípticas e existencialistas. O grupo tem como frontman ninguém mais ninguém menos do que Christiam Älvestam, ex-Scar Symmetry, banda que possui uma linha sonora muito semelhante ao Solution .45, assim como frontman da Miseration, que mesmo sendo puramente Death Metal, deixa marcado e evidente os traços do vocalista.

O álbum "For Aeons Past" é o perfeito equilíbrio do que exige-se de uma banda denominada como Death Metal Melódico, seja no peso, melodia e complexidade de suas composições. Músicas com refrãos que vão grudar na sua cabeça por mais uma semana e riffs de guitarras, que em fusão com a pesada atmosfera conceitual do álbum, serão como um filme dentro de sua cabeça. Uma viagem sem igual para quem ainda não conhecia nada diferente de bandas como Children Of Bodom e outras de uma mesma linha mais direta. Para quem já conhece e gosta do trabalho desenvolvido por esses suecos, sabe que é quase um crime escolher as mais recomendadas, uma vez que todo álbum é impecável. Mas segue abaixo as três musicas mais recomendadas para se conhecer a proposta do trabalho.

Músicas recomendadas: 





Sorteio de ingressos para show do Hibria em São Leopoldo

domingo, 13 de outubro de 2013

 

O All That Metal e o Groovypedia Studio Live, em uma parceria com a produtora Makbo e a escola de inglês InFlux, estarão sorteando 3 ingressos para o show do Hibria em São Leopoldo, no dia 26 de outubro. O ingresso já está sendo vendido por um valor bem acessível, mas fica melhor ainda ir na faixa sem pagar nada, não é mesmo? E que tal se você ainda pode levar mais dois amigos com você? Pois essa é a promoshare que estamos começando agora! 

É muito simples participar: 

1) CLIQUE AQUI e compartilhe a imagem de forma pública

2) Pronto! Você já está participando! 

3) Os vencedores serão anunciados no Groovypedia Studio Live, da Rádio Putzgrila, na noite de 19 de outubro. O programa é apresentado ao vivo todo sábado, das 20 às 22h.

4) Bônus: Além dos 3 ingressos, você ainda leva 3 cópias de "A New Beginning", EP da banda Prophajnt.

Em breve, vamos ter também uma entrevista com o Hibria aqui no ATM!

Pra quem ainda quer garantir o seu ingresso, confira o serviço logo abaixo.

INFLUX apresenta:

HIBRIA em São Leopoldo! Show de lançamento do álbum "Silent Revenge", após a 5ª. tour no Japão e show no Rock in Rio!!

Abertura:
A Sorrowful Dream (Porto Alegre)
DyingBreed - Death Metal (São Leopoldo)
No som: DJ Maicon Leite
Cronograma
21h - Abertura da casa
21:10h - A Sorrowful Dream
21:45h - DyingBreed
22:30 - Hibria
00:15 - Dj Maicon Leite
Ingressos (JÁ À VENDA!):

Estudante (Limitados) – R$ 10,00 (À venda somente na INFLUX em São Leopoldo).
1° lote + 1 kg alimento – R$ 15,00
2° lote + 1 kg alimento – R$ 20,00
No local – R$ 30,00

Obs: Na compra do ingresso para estudante é necessário apresentar a carteirinha de estudante com data de validade, ou comprovante de matricula. No dia do show o estudante deve apresentar seu ingresso juntamente com a carteirinha ou comprovante.
Pontos de venda:

São Leopoldo:
InFlux Idiomas
Marquês do Herval, 1182 - Fone: 51 3037 5366
Horário de atendimento:
Segunda das 09:00 às 20:30h.
Terça a Quinta das 09:00 às 22:00h.
Sábado até às 15:00h

Porto Alegre:
Aplace artigos de rock (Voluntários da Pátria,294 - Loja 150)
Porto Alegre Muiltisom Praia de Belas
Porto Alegre Multisom (Barra Shopping Sul)
Porto Alegre Multisom (Shopping Iguatemi POA)
Porto Alegre Multisom Bourbon Shopping Ipiranga
Porto Alegre Multisom Palacio (Filial 12)

Novo Hamburgo:
Multisom Bourbon Shopping
Multisom Novo hamburgo

Caxias do Sul:
Multisom (Centro Julio 1773)
Multisom (Dsitr. Industrial Loja - Shopping Iguatemi - 333/334)
Multisom (São Pelegrino)

Gramado:
Multisom Gramado

Site da Blueticket:
http://www.blueticket.com.br/8439/Influx-Apresenta-Hibria-Sao-Leopoldo-RS

Entrevista: ENARMONIKA (Carla Domingues)

 
Por Paulo Momento

Pra não dizerem que só entrevisto bandas de Pelotas, desta vez a entrevista será com uma banda de Florianópolis/SC. É verdade que comecei a colaborar com o All That Metal sempre buscando dar uma maior visibilidade para a cena da minha cidade, que já foi mais forte num passado não tão distante, e que hoje parece estar crescendo novamente. Não estou dizendo que não puxo a sardinha para o meu lado, até porque mesmo a Enarmonika não sendo de Pelotas, é formada por dois ex-pelotenses, amigos meus de longa data e também colegas de M26: o baterista Gabriel Porto e a vocalista Carla Domingues, que aqui também assume o baixo. Também não estou dizendo que só entrevistarei bandas que conheça pessoalmente, mas é verdade que ainda tem um monte de bandas que tive o prazer de conhecer, ir no ensaio, ver ao vivo, e que ainda pretendo trazer para este espaço. Por falar em ir no ensaio, desta vez, até pelo fato da banda não ser radicada em Pelotas, não pude comparecer em seu ensaio, e por isso não fiz o costumeiro vídeo.
Terminada essa introdução maçante, falemos da banda. A Enarmonika tem algumas particularidades bem interessantes, principalmente o fato de usar violino e cello como instrumentos fixos em sua música. Já que a noite é de confissões, admito que antes de ouvir o som, temia que fizessem um som mais puxado para o Symphonic Metal ou alguma mistura comum de Metal com música clássica. Mas minha surpresa foi agradabilíssima ao ver que fazem um som calcado no Avant-garde e até no Folk Metal, flertando com o erudito e o Dark Cabaret, e que o som possui uma homogeneidade incrível apesar da multiplicidade de influências e de instrumentos.
Sem mais delongas, deixemos o resto para a própria banda falar!


ALL THAT METAL: Como surgiu a idéia de montar uma banda de Metal com violino e cello? Fale um pouco sobre a história da Enarmonika.
Carla: Bem, primeiramente te agradeço e ao All that Metal pelo espaço e pela oportunidade de divulgação, Paulo Momento! Valeu mesmo! Então, desde que mudei para Florianópolis eu tenho tido a oportunidade de trabalhar bastante com a Orquestra Camerata Florianópolis, e um dos concertos de mais sucesso que fiz com eles foi o Rock'n Camerata, um concerto no qual a Orquestra interpreta clássicos do Rock como Led Zeppelin, Rush, Rolling Stones, dentre outros, acompanhada de uma banda de rock. Este espetáculo é apresentado desde 2008 e foi através dele que comecei a ter mais contato com o Daniel Galvão, que além de violoncelista da orquestra, divide os vocais comigo, nestes concertos. Foi nos backstages e viagens do Rock'n Camerata que eu e o Daniel começamos a conversar sobre a possibilidade de montar uma banda. Em seguida a Iva, que também toca na Camerata, se inteirou das nossas ideias, e também demonstrou interesse, e assim marcamos a primeira reunião...

ATM: Quais as dificuldades para ensaiar e tocar ao vivo fazendo uso desses instrumentos em sua música?
Carla Domingues: o problema maior é equalizar tudo de forma igual... Com o violino da Iva não tivemos problemas, porque o instrumento dela é elétrico. Mas com o cello do Daniel está sendo um pouco mais complicado, porque apesar de ele ter um captador que possibilita ligar o cello em linha, ainda não conseguimos atingir um nível de timbre e volume a contento. Outro problema vem sendo a questão do retorno, sobretudo para o Daniel também, e é nisso que estamos nos focando agora, em termos de aparelhagem.

ATM: Como definirias o estilo da banda? E quais as principais influências musicais?
Carla: nós temos fugido bastante de rótulos, até porque ainda estamos experimentando muitas coisas e creio que esse rótulo vai acabar vindo com o tempo. Contudo, somos bastante influenciados por bandas do avant garde metal, como Diablo Swing Orchestra. Sobre influências diretas, posso falar por mim, escuto muito DSO, Apocalyptica, Silent Stream of Godless Elegy, The Gathering, Opeth, Anathema, e algumas coisas mais extremas também, como Vader, Morbid Angel... Depende muito do momento, mas acho que tudo o que escutamos no dia a dia acaba influenciando de alguma forma na hora de compor.

ATM: A banda ainda não tem um material oficial gravado. Estão trabalhando ou planejando trabalhar nisto? Quando teremos o prazer de ouvir uma gravação oficial da Enarmonika?
Carla: Sim, estamos trabalhando em composições próprias. Temos 3 músicas prontas e pretendemos finalizar mais 1 ou 2 para então gravar um possível EP, o que, acredito, deve acontecer até o fim do ano, mais tardar nos primeiros meses de 2014.

ATM: As duas músicas de vocês que pude ouvir, são uma em inglês e outra em alemão. Podemos esperar sempre essa multiplicidade de idiomas em suas letras? Algum plano de compor letras em português?
Carla: Bem, no momento eu tenho sido a responsável pelas letras da banda e a criação delas depende muito do que eu sinto a respeito da música na qual estamos trabalhando. Essa é a minha maneira de compôr. Muito raramente eu acabei escrevendo uma letra inteira antes da música. Sobre a diversidade de idiomas, como eu tenho me dedicado à ópera há alguns anos, tenho tido oportunidade de cantar em diversas línguas, então quando comecei a compôr com a Enarmonika eu pensei: por que limitar as letras a um só idioma? Hoje em dia vivemos num mundo onde as bandas já não se preocupam somente em comunicar sua música com o universal inglês, e eu compartilho esse pensamento. Certamente teremos alguma música em português, mas não sei quando... 

ATM: Por falar em letras, quais os temas abordados nas letras de suas composições?
Carla: Geralmente escrevo sobre os conflitos e dilemas que afligem o ser humano no mundo de hoje, no qual a individualidade é cada vez mais oprimida, mas é também libertadora, em muitos casos. Somos oprimidos pela mídia, pela religião, pela política, pelas raízes familiares provincianas, mas ao mesmo tempo é justamente nesse ponto que podemos encontrar uma face libertadora, tudo depende da maneira como nos posicionamos frente a essas questões. É mais ou menos por aí que busco comunicar meus pensamentos musicalmente.

ATM: A banda recentemente tocou no River Rock 2013, sendo esta a primeira apresentação. Como foi esse show pra vocês? E a receptividade do público?
Carla: Foi incrível, mas ao mesmo tempo uma grande responsabilidade. Foi nosso primeiro show, estávamos no cast de um festival ao lado de bandas bastante renomadas, então tínhamos uma pressão, pois queríamos que tudo ocorresse da melhor maneira possível. E achamos que o saldo foi extremamente positivo, o público foi aumentando consideravelmente durante nossa apresentação e depois recebemos muitas mensagens e e-mails, de pessoas que prestigiaram o show. Foi bem legal...

ATM: A vocalista Carla possui uma sólida carreira como cantora lírica profissional. Ela e o baterista Gabriel também tocam na M26. A banda é nova, mas ao que parece, todos os músicos já são bastante experientes em seus respectivos instrumentos. Apresente brevemente cada membro da Enarmonika e seus projetos e influências.
Carla: Bem, eu me formei em Canto pela UFPel, em 2005, mas nessa época já estava na M26 e também na Vetitum, da qual saí nesse mesmo ano. Depois disso tive uma banda em Floripa, junto com o Gabriel e outro pelotense, o Zozi Xavier, que se chamou Fake Twilight, com a qual fizemos abertura para o show da Agua de Annique, banda da ex The Gathering Anneke van Giersbergen, em SP. No meio erudito tive a oportunidade de cantar no Uruguai, no Teatro Solis, e também no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, além de concertos em diversos outros lugares do Brasil e uma breve passagem pela Itália. O Gabriel, além da M26 e da Fake Twilight, também teve outra banda em Florianópolis, a Misdeed, com a qual teve a oportunidade de abrir o show do Marduk e Vader em Curitiba. A Iva não veio do meio heavy metal, mas a meu ver se encaixou bastante na proposta da banda. Ela é de Santa Maria, se graduou em música lá e tocou em uma banda chamada Poços e Nuvens. Já em Florianópolis, ela atua como violinista na Camerata Florianópolis, sendo solista e spalla também. O Daniel já teve mais experiências no meio rock/ metal. Fez participações na banda Möngrel e ainda toca na Jugulator, mais voltada ao stoner. Está terminando seu curso de música na UDESC e também é violoncelista na Camerata Florianópolis. O Eduardo Pimentel é com certeza o músico mais experiente da banda. Há 20 anos na estrada com a Brasil Papaya, ele tem participado como músico convidado em apresentações de diversos artistas nacionais. Infelizmente, o Dudu está de saída da Enarmonika, por razões pessoais, e estou noticiando isso em primeira mão aqui. Ele ainda nos apoiará nesse momento de transição, até encontrarmos a pessoa certa para a guitarra da Enarmonika.

ATM: Fale sobre a cena underground de Florianópolis e região. Cite outras bandas daí que mereçam destaque, na sua opinião.
Carla: Acredito que a cena underground em Santa Catarina, em geral, é bastante ativa. Seguido acontecem shows em Joinville, Timbó, Laguna, Blumenau, sem falar dos festivais open air, fora o River Rock, em Indaial, e todo mês de dezembro tem acontecido o Zoombie Ritual, Rio Negrinho, que esse ano tem como headline o Benediction, D.R.I, Tim Ripper Owens, Kreator, além de diversas bandas de destaque nacional e da América Latina! Aqui em Florianópolis acredito que a cena já foi mais ativa, mas ainda acontecem shows, mas talvez não com a frequência ideal, digamos assim. Existem ótimas bandas aqui algumas mais consolidadas como Khrophus e Rhestus, e outras emergentes como Antichrist Hooligans, Blakk Markett, Homicide, entre outras, e são elas que tem feito tudo acontecer... Parece-me que existem muitas bandas boas, mas falta um lugar mais central para que o público se acostume novamente e volte a apoiar as bandas autorais locais em detrimento de bandas cover, festas open bar ou reuniões de amigos. Existem bandas, existe público, mas falta um elo maior entre eles.

ATM: Enfim, agradeço pela entrevista e pela atenção dedicada ao All That Metal. Deixe suas últimas palavras aos nossos amigos leitores! Muito obrigado!
Carla: Sem dúvidas sou eu quem agradece o espaço e a divulgação e esperamos estar com nosso material oficial em mãos, em breve, para poder levar nosso som ainda mais longe e quem sabe, tocar por aí! Deixo o endereço do nosso site, www.enarmonika.com e convido a todos a “curtirem” nossa página no facebook! É isso! Grande abraço!


O novo All That Metal

Não há razão alguma pela imagem ilustrativa do post.
Apenas a empolgação de ter visto Ozzy pela segunda vez.

Prezados leitores do ATM,

Após as postagens comemorativas a um ano de atividades do blog, tivemos apenas os reviews dos shows de Sebastian Bach e Black Sabbath/Megadeth, dentre outras postagens. Agora realmente podemos afirmar que começaram de vez as atividades do nosso segundo ano na mídia especializada do Rock/Metal. E como tudo na vida, com o tempo você acaba aprendendo algumas coisas, passa a reconhecer o que funciona e reconhece o que deve ser descartando. Levando tudo isso em conta, cá estou para anunciar as mudanças que vamos ter no blog. 

A primeira delas já deve ter sido notada por quem acessou nossa página nos últimos dias, pois estamos com um layout bem mais clean e prático para a navegação. Algumas mudanças ainda serão necessárias, como a volta dos posts relacionados e o tradicional slide com as matérias de destaque. Mas, no geral, é assim que vocês podem conferir nosso trabalho a partir de agora: sem exageros, sem poluição, tudo o mais simples possível para focar sua atenção na leitura, mantendo a mesma eficiência de sempre para trazer informações a todos que acessam o ATM. 

A segunda mudança a ser anunciada é a mais importante de todas: a mudança na linha editorial do blog. Na verdade, não é nenhuma novidade para nosso público fiel, pois foram vocês que nos levaram até o momento atual. O fato é: pra que ficar mantendo uma página cheia de notícias que você encontra em qualquer outro site? Acreditem, isso toma muito tempo e os resultados não chegam nem perto do principal trabalho que desenvolvemos, ou seja, conteúdo próprio e exclusivo do ATM. Nossos artigos, reviews de shows, entrevistas e colunas sempre foram mais visadas que qualquer outro tipo de postagem, portanto, a partir de agora vamos nos concentrar apenas nesse tipo de conteúdo. Em suma, o que você ler por aqui não vai estar em nenhum outro lugar, salvo exceções como parcerias (em especial com o Groovypedia Studio Live e a Rádio Putzgrila) e divulgação no Whiplash. 

Bandas e assessorias de imprensa que contam com nosso apoio: estamos sempre prontos para apoiar o Metal nacional, que sempre teve um espaço garantido no ATM. Aliás, esse espaço cresceu cada vez mais com o tempo e agora mesmo que queremos dar ainda mais destaque. Basta entrar em contato para divulgação, solicitações de review e interesse em entrevistas. É extremamente gratificante saber que todas as postagens de bandas nacionais por aqui sempre são um enorme sucesso! 

Ao longo dos próximos dias vamos ter muitas novidades, como entrevistas com as bandas nacionais Enarmonika e Aneurose, além dos finlandeses do Magenta Harvest. Vai rolar também uma promoshare de ingressos para o show que o Hibria realizará em São Leopoldo (clique aqui para todas as informações), no dia 26 de outubro, na Sociedade Orfeu, numa parceria ATM, Groovypedia Studio Live, Makbo e InFlux. Como se não bastasse, já está garantida também uma entrevista com a banda. Pois é, em breve vamos ter o Hibria no ATM! Isso tudo é apenas uma amostra, tem mais novidades chegando em breve. 

Antes de finalizar, gostaria de agradecer novamente a todos que tem colaborado com o nosso crescimento ao longo do tempo. Em especial, aos mais de 15 mil leitores que acessaram durante a semana o meu review do Black Sabbath/Megadeth que foi publicado no blog, no Whiplash e site da Rádio Putzgrila. Muito obrigado! É a todos vocês que devo o reconhecimento que me permite viver próximo aos meus ídolos da música. 

Keep on rotting, 
Tiago Alano
Fundador e redator-chefe do ATM

Review de show: Black Sabbath + Megadeth

quinta-feira, 10 de outubro de 2013


Foto: Emerson Langie
Texto: Tiago Alano

A espera foi longa, mas valeu a pena. Depois de quatro décadas fazendo história, o Black Sabbath finalmente aportou em terras gaúchas com sua formação (quase) original. Fãs de todas as gerações reuniram-se na FIERGS para assistir um concerto histórico. A noite ainda contou com os norte-americanos do Megadeth e abertura do Hibria, banda de Porto Alegre que vem tornando-se maior a cada lançamento.

Infelizmente, devo começar o review com um "agradecimento" aos ótimos engenheiros de trânsito que temos em Porto Alegre, bem como a todos os responsáveis pelo caos das vias públicas na capital gaúcha. Graças a eles acabei perdendo o show do Hibria, pois a FIERGS situa-se em um local de difícil acesso (fora outros problemas que trataremos mais adiante). Quando cheguei ao local, a banda estava anunciando sua última música, "Tiger Punch", faixa que já pode-se considerar um clássico do Metal nacional. Ao menos poderei assistir um show completo deles dia 26 de outubro em São Leopoldo, na Sociedade Orpheu.

Quando a maior parte do público finalmente adentrou o local do evento, começa a soar nos PA's uma canção chamada "Prince Of Darkness", enquanto o nome da próxima atração formava-se em um telão: Megadeth. A troupe de Dave Mustaine já chegou mandando ver em uma trinca de clássicos, "Hangar 18", "Wake Up Dead" e "In My Darkest Hour". A produção de palco era realmente impressionante, com um telão alternando entre imagens da banda e outras imagens relacionadas as músicas. O Megadeth deixou bem claro o motivo pela qual ainda é considerada uma das melhores bandas de Metal em um palco.

Sem falar muito com a plateia, Mustaine começa a tocar o riff de "She-Wolf", imediatamente seguida de "Sweating Bullets". Pois é, a banda realmente não estava para brincadeiras e fez muito bem ao escolher um set repleto de clássicos ao abrir o show de uma lenda como o Sabbath. A única faixa que representou o álbum mais recente, "Super Collider", veio logo a seguir, "Kingmaker".

Na sequência, voltamos aos clássicos da banda com "Tornado Of Souls", do clássico disco "Rust In Peace", tocado na íntegra na passagem da banda por Porto Alegre em 2010. Particularmente, era um dos momentos mais esperados por este que vos escreve e é impossível não destacar o guitarrista Chris Broderick. Desde que entrou na banda, em 2008, sempre mostrou que manteria-se fiel aos solos gravados por guitarritas anteriores, e é exatamente isso que percebemos na faixa em questão, onde Broderick reproduz nota por nota do lendário solo gravado por Marty Friedman.

"Symphony Of Destruction" foi uma das que mais empolgou o público, mas fez falta o tradicional coro do "megadeth, megadeth, avante megadeth!". Quem assistiu ao "That One Night", DVD gravado na Argentina, sabe muito bem do que estou falando. Tudo bem que todos estavam lá para a atração principal da noite, mas foi decepcionante ver o Megadeth fazer uma performance primorosa para um público tão morno. O baixista David Ellefson convocou os fãs para baterem palmas para dar início a "Peace Sells", outro clássico absoluto.

A banda deixou o palco por alguns instantes para logo depois retornar tocando "Holy Wars... The Punishment Due", canção já tradicional para encerrar as apresentações. Por fim, rolou "Silent Scorn" e "My Way" (do Sid Vicious) nos PA's enquanto a banda fazia suas despedidas ao público porto alegrense. Uma apresentação mais que digna para abrir um show do Black Sabbath.

Em meio a espera para o início da atração principal da noite, escuta-se uma voz familiar incentivando o público com o coro "oô oôoôoô"... era o próprio Ozzy Osbourne! Poucos instantes depois começam a soar as sirenes que indicavam o início da apresentação com "Wars Pigs". Um começo alucinante com todos cantando os versos com Ozzy, boa amostra da performance histórica que testemunharíamos ao longo da noite. Ao contrário do que afirmavam os boatos do dia anterior, Tony Iommi parecia ótimo e movimentou-se bastante enquanto tocava seus riffs e solos imortais. E do lado direito do madman estava Geezer Butler, não apenas o baixista do Black Sabbath, mas uma das mentes criadoras que mantêm a banda viva.

A sequência foi com "Into The Void", momento que nos levou a certa reflexão. Por que? Como todos sabem, o baterista Bill Ward acabou não participando da turnê de reunião, assim como não gravou o álbum "13". O responsável pelas baquetas nas apresentações da banda é Tommy Clufetos, que também integra a banda solo do frontman e já tocou com Rob Zombie e Alice Cooper. O fato é: Clufetos mandou muito bem! "Into The Void" é a prova máxima de que ele foi a escolha certa e, perdoem-me os fãs de Ward, a verdade é que o baterista original não fez falta. Não adianta colocar ele em um pedestal só por causa de sua importância na história do Sabbath, Ward não tem mais condições físicas de tocar uma música como essa.

O show teve continuidade com "Under The Sun/Every Day Comes And Goes" e "Snowblind", ambas do disco "Vol. 4", de 1972. "Snowblind" é o tipo de música que te faz identificar os verdadeiros fãs de Sabbath que estavam lá, bastava olhar para o lado e ver quem estava gritando "cocaine". A primeira faixa de "13" executada foi "Age Of Reason", com uma recepção levemente mais fria por parte da plateia. A canção do trabalho mais recente foi logo esquecida com o som de chuva, trovões, um sino e o trítono tocado por Iommi em sua guitarra. É isso mesmo, meus caros, a primeira faixa do primeiro disco, "Black Sabbath", ecoava em alto e bom som em terras gaúchas. Não dá para negar que esse foi o ponto alto da noite, literalmente um êxtase coletivo que fez o show parecer muito mais uma missa negra. Épico!

A apresentação teve sequência com mais dois clássicos do primeiro disco, com "Behind The Wall Of Sleep" sendo finalizada com um breve solo de baixo de Butler que nos conduziu a "N.I.B.", outra canção entonada a plenos pulmões pelos presentes. A faixa de abertura de "13" veio logo a seguir, "End Of The Beginning", bem melhor recepcionada do que "Age Of Reason". Anteriormente tivemos a trinca de clássicos do primeiro disco, e logo depois era a vez de "Paranoid" ter três faixas executas. Começando por "Fairies Wear Boots", muito bem acompanhada por uma série de imagens lascivas no telão, seguida por "Rat Salad" em meio a um solo de bateria de Clufetos. Mal terminou o solo e o baterista já levou o pessoal no bumbo junto a Ozzy Osbourne, indicando o início de mais uma das canções aguardadas por quase todos: "Iron Man"! Preciso falar qual foi a reação do público?

A última faixa apresentada do novo disco foi "God Is Dead?", primeiro single de "13" e com recepção imediata dos fãs, que a essa altura já consideram um novo clássico do Sabbath. Próximo ao fim da apresentação, ainda tivemos "Dirty Women", mais uma vez acompanhada por uma série de imagens libidinosas no telão. O lendário riff de "Children Of The Grave" foi executo por Iommi, mais uma vez levando o público ao delírio. Deixaram o palco logo ao final da música, prometendo um retorno se o público enlouquecesse.

O regresso ao palco da FIERGS foi com "Sabbath Bloody Sabbath", mas infelizmente foi tocado apenas o início da música, que acabou sendo emendada com "Paranoid". Fim da apresentação, o quarteto deixa o palco e ficamos com a sensação de que eles deveriam seguir tocando por mais três horas. É óbvio que poderíamos listar dezenas de clássicos que ficaram de fora, mas não tem como reclamar do repertório ou mesmo da performance da banda. Mesmo com a idade avançada, os integrantes do Sabbath ainda fazem um dos melhores shows do mundo.

Por fim, foi citado no início do texto alguns problemas relacionados ao local escolhido para o show. A FIERGS localiza-se em um local muito afastado e com difícil acesso. E isso é apenas um dos problemas, pois alguns outros surgiram devido a produção do evento. Alguns deles incluem o fato de que não foram usados telões nas laterais do palco, ou seja, quem estava na pista normal realmente teve problemas para ver o palco. A saída do local também foi algo tenso, com pessoas ameaçando derrubar a entrada do local. Enfim, apenas confirmamos o fato de que Porto Alegre precisa urgentemente de um novo local para shows desse porte e isso tudo é apenas uma pequena parte do problema. Mas, felizmente, nada conseguiu estragar a noite memorável que todos presenciaram.

SET LISTS

Hibria:
Nonconforming Minds
Silent Revenge
Shoot Me Down
Silence Will Make You Suffer
Blinded By Faith
Tiger Punch

Megadeth:
Hangar 18
Wake Up Dead
In My Darkest Hour
She-Wolf
Sweating Bullets
Kingmaker
Tornado of Souls
Symphony of Destruction
Peace Sells
Holy Wars... The Punishment Due

Black Sabbath:
War Pigs
Into the Void
Under the Sun/Every Day Comes and Goes
Snowblind
Age of Reason
Black Sabbath
Behind the Wall of Sleep
N.I.B.
End of the Beginning
Fairies Wear Boots
Rat Salad/solo de bateria de Tommy Clufetos
Iron Man
God Is Dead?
Dirty Women
Children of the Grave
Sabbath Bloody Sabbath/Paranoid

SPLEENFUL: download de single e marca de absinto da banda

terça-feira, 1 de outubro de 2013


A banda porto alegrense SPLEENFUL acabou de disponibilizar para download gratuito o seu primeiro single, "Absinthe Love Affairs". A faixa integra o EP que será lançado no dia 31 de outubro, chamado "Bittersweet", que também será liberado para download gratuito. "Absinthe Love Affairs" é uma boa amostra do som desenvolvido pela banda, que agrega elementos de Gothic, Black e Death Metal com influências de música erudita. Para dar o clima certo para as canções, todas as letras são muito influenciadas por obras de escritores como Lord Byron, Charles Baudelaire, Álvares de Azevedo, Alfred de Musset e outros poetas malditos. 

Para celebrar o lançamento do single, a banda também estará lançando em breve sua marca própria de absinto em uma parceria inédita com Berço de Fadas, que produz a bebida de forma artesanal em Sapiranga. O SPLEENFUL ABSINTHE será vendido em três formatos de diferente teor alcoólico. O produto estará disponível no evento Dark City, realizado na cidade de Pelotas no dia 19 de outubro, onde ocorrerá também a festa de pré-lançamento de "Bittersweet" com a distribuição de promo CD's. Confira no link a seguir todas as informações sobre o evento: https://www.facebook.com/events/419093388201595/?fref=ts

SPLEENFUL foi formado em 2012 pelo vocalista Tiago Alano e o guitarrista Lucas Cabral, que também produziu, mixou e masterizou "Bittersweet". O grupo passou a ter prioridade entre os músicos com a chegada da vocalista Bianca Giovanella, contribuindo de forma essencial para caracterizar a proposta do SPLEENFUL. Completam o line-up o guitarrista Caio Botrel, o baixista Igor Thomaz, o baterista Carlos Wilke e Aldrey nos teclados. 

Baixe gratuitamente o single da banda (inclui um release da banda): 

Abaixo você confere o lyric video de "Absinthe Love Affairs": 
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